Na dimensão profissional,
deve-se avaliar que escolha se fez quanto à atividade remunerada e o grau de satisfação que ela lhe proporciona. É da dinâmica social que todos devam contribuir para o bem-estar coletivo e, nesse sentido, deve-se avaliar qual o grau de contribuição para que a ociosidade não pese aos outros, salvo quando se esteja impossibilitado efetivamente de trabalhar. Deve-se verificar se a escolha profissional o preenche interiormente. Caso contrário, deve-se avaliar a possibilidade de se dedicar, sem prejuízo das conquistas já efetuadas, a uma outra atividade que possa atender aos anseios mais íntimos. Às vezes, escolhe-se a profissão indicada pela família e se arrepende por não encontrar a felicidade e satisfação no trabalho. Quando isso ocorrer, deve-se avaliar a possibilidade de outra escolha profissional. Estar resolvido nesse campo é, além de dedicar-se a uma atividade remunerada, exercer a profissão com amor e satisfação, contribuindo para o progresso social.
Na dimensão financeira, encontra-se a forma como se lida com dinheiro. Se o tem e o que faz com ele, bem como se não o tem, como lida com sua falta. Deve-se perguntar se é capaz de se manter sozinho e se gasta o que efetivamente pode. Há pessoas que gastam mais do que conseguem ganhar, vivem se endividando e fazendo malabarismos para se manter na posição social que desejam. São artistas com o dinheiro “fácil”. Vivem do que não podem ter. O dinheiro em si não traz infelicidade nem tampouco compra a paz, mas pode resolver alguns problemas da vida. Muitos, por não saber ganhá-lo ou mesmo por não ter capacidade de tê-lo, preferem atribuir-lhe poder demoníaco, estabelecendo que ele nos afasta do encontro com o divino. Na verdade, para conhecer-se, é preciso aprender a lidar com as circunstâncias positivas tanto quanto com as negativas, e, no que diz respeito ao dinheiro, é preciso passar pela sua falta e pela sua posse. Estar resolvido nessa dimensão é ser capaz de bem administrar os recursos financeiros que a Vida lhe ofereceu, bem como aqueles que você foi capaz de adquirir. Muitas vezes, o melhor que se pode fazer com os talentos que possui é bem empregá-los a serviço do progresso social.
Na dimensão política, encontram-se os deveres como cidadão, isto é, as obrigações como componente da sociedade, pois a vida social impõe atitudes para que haja mais equilíbrio entre as pessoas. Tem-se que votar, pagar impostos, manter o bem público, zelar pela paz social, contribuir para o desenvolvimento coletivo, engajar-se em grupos de reivindicação comunitária, bem como respeitar as leis sociais. Fugir dessas obrigações a que todos estão sujeitos, sob os mais diversos argumentos, pode denotar descompromisso com a coletividade da qual faz parte. É importante desenvolver uma consciência política e contribuir para diminuir as discrepâncias sociais, estando atento para não delegar ao Estado a exigência de solucionar todos os problemas nessa área. Estar resolvido nessa dimensão é cumprir seus deveres, saber reivindicar seus direitos e evitar os radicalismos que atrapalham o progresso pessoal e coletivo.
Na próxima postagem chegaremos nas dimensões criativa e artística! Venha conosco!
Para saber mais sobre este e demais assuntos tratados por Adenáuer Novaes, veja as obras publicadas pelo autor. Este conteúdo foi extraído do livro: Psicologia e Espiritualidade.