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Por Adenáuer Novaes 25 set., 2022
Viver como Espírito
Por Adenáuer Novaes 28 ago., 2022
Autotransformação e Família
Por Adenáuer Novaes 21 ago., 2022
Amor como Linguagem
Por Adenáuer Novaes 06 dez., 2021
Chegamos ao final desta série. Analise-se, busque compreender como você tem vivido em cada uma das dimensões. Isto vai levar você ao seu desenvolvimento. Na dimensão psicológica , inclui-se a forma como se lida com os processos psíquicos, com os medos, frustrações, projeções, complexos e tudo que diga respeito à forma de perceber o mundo interno e externo. Deve-se perguntar se já conseguiu eliminar os medos infantis ou se ainda os conserva latentes. Deve-se também perceber se ainda alimenta sonhos que não são mais possíveis realizar, tornando-se frustrações que impedem prosseguir e olhar o futuro de forma mais realista. Deve-se verificar se ainda projeta, nos outros, os defeitos e qualidades que possui, o que impede uma visão real da personalidade das pessoas; se abriga, consciente ou inconscientemente, complexos de inferioridade ou superioridade, de culpa, materno ou paterno, os quais ainda direcionam inconscientemente as atitudes perante a Vida. É nessa dimensão que se deve verificar como anda a “cabeça” e como consegue entender a própria vida mental. Ser resolvido nessa dimensão é estar sempre com a consciência tranquila, fazendo constantes introspecções e autoanálises, ficando de bem com a Vida, disposto a enfrentar os desafios e dificuldades inerentes ao viver. Na dimensão religiosa , deve-se verificar como anda a relação com a caridade, de que forma exterioriza a própria fé e como lida com o sagrado e com Deus. De que modo estabelece relação com as forças superiores da Natureza. Deve-se verificar se ainda se submete à fé cega que se apoia em dogmas arcaicos ou se busca uma relação que leve à percepção da existência da divindade em si mesmo. Nesta dimensão é que se busca, pela caridade, estabelecer um contato com o deus existente em si e no próximo. Deve-se também avaliar se professa uma religião autêntica, sem os preconceitos e medos característicos do religiosismo tradicional, ou se ainda se relaciona com Deus como foi ensinado culturalmente. Estar resolvido nesta dimensão é conseguir viver sua própria religiosidade, respeitando a alheia, buscando através da oração sincera um contato mais íntimo com Deus, confiar na providência divina e buscar colaborar com Ele para Sua obra, deixando de ser um eterno pedinte. Na dimensão espiritual , deve-se avaliar o grau de intimidade com a essência espiritual, verdadeira natureza da criatura humana. Nessa dimensão é que se põem em prática os potenciais, oriundos do Espírito. Nela é que se entra em contato com outros Espíritos, portanto, é onde se exerce a mediunidade. Deve-se também perceber se utiliza práticas meditativas na vida cotidiana, se é afeito à autopercepção, à identificação da própria singularidade. Estar resolvido nesta dimensão é não mais fazer distinção entre seus objetivos materiais e espirituais, isto é, perceber-se Espírito enquanto no corpo físico, vendo a Vida como única e eterna. A autoanálise diária pode auxiliar a percepção do próprio comportamento nas diversas dimensões. Rever, após cada dia, os fatos importantes que se absorvem e como reage a eles amplia aquela percepção e permite o conhecimento de quais dimensões prioriza ou negligencia na própria conduta. A realização total de todas essas dimensões deve ser cultivada como ideal de vida, estímulo permanente de crescimento, sem gerar ansiedade decorrente do imediatismo em querer evoluir instantaneamente. Estar harmonizado em cada uma dessas dimensões também pode significar a coragem de enxergar-se em toda a sua singularidade e ser paciente com seu próprio ritmo de desenvolvimento espiritual. Para saber mais sobre este e demais assuntos tratados por Adenáuer Novaes, veja as obras publicadas pelo autor. Este conteúdo foi extraído do livro: Psicologia e Espiritualidade.
Por Adenáuer Novaes 28 nov., 2021
Convidamos você a, após a leitura deste post, parar um pouco, deixar fluir livremente seus pensamentos e ver como estão as dimensões artística e criativa em sua Vida. Onde e como você tem deixado a sua marca, a sua singularidade? Vamos à leitura: Na dimensão artística , situa-se tudo que leva o ser humano à arte em geral. Ter sensibilidade artística em qualquer de seus campos faz parte do progresso do Espírito. Não cultivar a arte, incluindo a música, a poesia, a pintura, o teatro, o cinema, a dança, a escultura, o canto, o artesanato, bem como outras manifestações culturais em torno da estética e do belo, prejudica o sentir a Natureza de uma forma mais próxima de Deus. A vida deve ter um mínimo de musicalidade, isto é, de arte que eleve a alma. Fazer uma poesia, aprender a tocar um instrumento musical, assistir ao teatro, ir ao cinema e admirar uma obra de arte em geral são atitudes de quem deseja penetrar no universo estético da alma. Estar resolvido nesta dimensão é ter a sensibilidade mínima para perceber, na Natureza, o quanto a arte se manifesta em abundância, bem como respeitar a capacidade artística daqueles que se utilizam dessa forma de comunicação para expressar as maravilhas de Deus. Todos são capazes de revelar seus dons artísticos, bastando que se disponham a começar. Na dimensão criativa , inclui-se a capacidade de estabelecer uma identidade pessoal naquilo que se faz. Criar significa imprimir uma forma singular de fazer e sentir as coisas da Vida. Todos podem encontrar formas pessoais de fazer as coisas sem exagerar, pelo desejo exclusivo de ser apenas diferente dos outros. Criar algo significa buscar o melhor que possa ser feito. É também saber encontrar as saídas para os complexos problemas da vida de uma maneira própria, usando a criatividade. Na dimensão criativa, deve-se buscar desenvolver a intuição como ferramenta poderosa, não só na solução de conflitos como também no próprio crescimento espiritual. Estar resolvido nesta dimensão é buscar cada vez mais estabelecer conexão profunda com sua essência divina interna, que, em nome de Deus, promove o encanto da Vida. Esta é a penúltima postagem da série. Aguardo você na nossa última, onde falaremos das dimensões Psicológica, Religiosa e Espiritual. Para saber mais sobre este e demais assuntos tratados por Adenáuer Novaes, veja as obras publicadas pelo autor. Este conteúdo foi extraído do livro: Psicologia e Espiritualidade.
Por Adenáuer Novaes 21 nov., 2021
E então? Você tem acompanhado esta série contendo as Dimensões da vida? - Dimensões da Vida: Corporal - Física - Sexual - Dimensões da Vida: Filial - Paternal - Maternal - Dimensões da Vida - Afetiva - Fraternal - Emocional Aqui vamos nós, para o campo profissional, financeiro e político. Acompanhe: Na dimensão profissional, deve-se avaliar que escolha se fez quanto à atividade remunerada e o grau de satisfação que ela lhe proporciona. É da dinâmica social que todos devam contribuir para o bem-estar coletivo e, nesse sentido, deve-se avaliar qual o grau de contribuição para que a ociosidade não pese aos outros, salvo quando se esteja impossibilitado efetivamente de trabalhar. Deve-se verificar se a escolha profissional o preenche interiormente. Caso contrário, deve-se avaliar a possibilidade de se dedicar, sem prejuízo das conquistas já efetuadas, a uma outra atividade que possa atender aos anseios mais íntimos. Às vezes, escolhe-se a profissão indicada pela família e se arrepende por não encontrar a felicidade e satisfação no trabalho. Quando isso ocorrer, deve-se avaliar a possibilidade de outra escolha profissional. Estar resolvido nesse campo é, além de dedicar-se a uma atividade remunerada, exercer a profissão com amor e satisfação, contribuindo para o progresso social. Na dimensão financeira , encontra-se a forma como se lida com dinheiro. Se o tem e o que faz com ele, bem como se não o tem, como lida com sua falta. Deve-se perguntar se é capaz de se manter sozinho e se gasta o que efetivamente pode. Há pessoas que gastam mais do que conseguem ganhar, vivem se endividando e fazendo malabarismos para se manter na posição social que desejam. São artistas com o dinheiro “fácil”. Vivem do que não podem ter. O dinheiro em si não traz infelicidade nem tampouco compra a paz, mas pode resolver alguns problemas da vida. Muitos, por não saber ganhá-lo ou mesmo por não ter capacidade de tê-lo, preferem atribuir-lhe poder demoníaco, estabelecendo que ele nos afasta do encontro com o divino. Na verdade, para conhecer-se, é preciso aprender a lidar com as circunstâncias positivas tanto quanto com as negativas, e, no que diz respeito ao dinheiro, é preciso passar pela sua falta e pela sua posse. Estar resolvido nessa dimensão é ser capaz de bem administrar os recursos financeiros que a Vida lhe ofereceu, bem como aqueles que você foi capaz de adquirir. Muitas vezes, o melhor que se pode fazer com os talentos que possui é bem empregá-los a serviço do progresso social. Na dimensão política , encontram-se os deveres como cidadão, isto é, as obrigações como componente da sociedade, pois a vida social impõe atitudes para que haja mais equilíbrio entre as pessoas. Tem-se que votar, pagar impostos, manter o bem público, zelar pela paz social, contribuir para o desenvolvimento coletivo, engajar-se em grupos de reivindicação comunitária, bem como respeitar as leis sociais. Fugir dessas obrigações a que todos estão sujeitos, sob os mais diversos argumentos, pode denotar descompromisso com a coletividade da qual faz parte. É importante desenvolver uma consciência política e contribuir para diminuir as discrepâncias sociais, estando atento para não delegar ao Estado a exigência de solucionar todos os problemas nessa área. Estar resolvido nessa dimensão é cumprir seus deveres, saber reivindicar seus direitos e evitar os radicalismos que atrapalham o progresso pessoal e coletivo. Na próxima postagem chegaremos nas dimensões criativa e artística! Venha conosco! Para saber mais sobre este e demais assuntos tratados por Adenáuer Novaes, veja as obras publicadas pelo autor. Este conteúdo foi extraído do livro: Psicologia e Espiritualidade.
Por Adenáuer Novaes 08 nov., 2021
Temos aqui, a nossa terceira publicação sobre as Dimensões da vida e o Desenvolvimento Pessoal (veja Dimensões da Vida: Corporal - Física - Sexual e Dimensões da Vida: Filial - Paternal - Maternal ). Como você já deve ter notado, cada uma das dimensões é de fundamental importância em nossa vida, cabendo um olhar atencioso para que possamos nos analisar e avançar em nosso próprio desenvolvimento. Assim, vejamos o que nos diz as dimensões afetiva, fraternal e a emocional. Na dimensão afetiva , vivencia-se a capacidade de relacionar-se bem com as pessoas, sem as exigências de troca que normalmente ocorrem nas relações que a Vida impõe. A afetividade é a forma de se relacionar, com o coração disponível ao encontro e vivência com o outro, sem cobrança de reciprocidade. É saber se dirigir ao outro sem que se esteja prioritariamente projetando seus próprios preconceitos e carências. A afetividade é representada, nas relações, pela doçura, meiguice, pelo carinho e trato suave com as pessoas, principalmente nas relações familiares domésticas. É saber cativar o outro pela fala do coração, que se motiva em favor do entendimento com amorosidade. Afetividade é compreensão e sensibilidade para com os outros. Estar resolvido nessa dimensão é estar sempre de bem com a Vida e em paz quando se dirigir aos outros, consciente dos sentimentos que se tem. Na dimensão fraternal , a pessoa se relaciona com os amigos e desenvolve a forma de cativá-los. Fazer amigos é tão difícil como mantê-los, pois nem sempre se sabe estabelecer uma relação com as pessoas sem que se almeje algo que elas possam oferecer. Ser amigo de alguém é fazer por ele o que gostaria que ele fizesse por você, sem que isto seja exigido. É ser verdadeiro quando as circunstâncias o exigirem, sendo coerente quando tiver que fazer qualquer observação que lhe desagrade, fazendo-a com desejo sincero de ajudá-lo. Poucas são as pessoas que conservam amizades de infância. Quando conseguem, estabelecem relacionamentos mais profundos. Estar resolvido nesta dimensão é ter uma rede qualitativa de amigos tão ampla que sempre possa estar e contar com eles a qualquer momento da vida. Na dimensão emocional , encontram-se as atitudes diante das emoções que movem o ser humano. Para saber como se encontra seu mundo emocional, o ser humano deve perguntar-se o que faz com sua raiva, com seu ciúme, com sua paixão, com sua saudade, com seu amor, com sua carência afetiva, com todos os seus impulsos emocionais, bem como com suas reações naturais diante de demonstrações afetivas dos outros. É preciso que cada ser humano se conheça emocionalmente, pois são as emoções que influenciam sobremaneira a vida cotidiana. A razão e o sentimento não são desempenhados por órgãos específicos do corpo, pois são atributos do Espírito e podem, quando polarizadas, manifestar-se de forma equivocada. A razão levou a Humanidade a guerras, tanto quanto a uma gama de distúrbios emocionais, por conta da repressão aos instintos naturais. Orientar-se pelo racional ou pelo emocional, pelo coração ou pela razão, sempre geraram interrogações no ser humano. Estar resolvido nesta dimensão é saber reconhecer as emoções quando elas ocorrem, bem como lidar adequadamente com elas, sem escondê-las ou camuflá-las como se não existissem. Emoções reprimidas se transformam em complexos autônomos no Inconsciente, possibilitando, muitas vezes, a instalação de obsessões Para saber mais sobre este e demais assuntos tratados por Adenáuer Novaes, veja as obras publicadas pelo autor. Este conteúdo foi extraído do livro: Psicologia e Espiritualidade.
Por Adenáuer Novaes 02 nov., 2021
Esta é a nossa segunda publicação acerca do tema Dimensões da Vida e Desenvolvimento Pessoal. Veja a publicação anterior, Dimensões Corporal, Física e Sexual e nos acompanhe. Na próxima, traremos as dimensões Afetiva, Emocional e Fraternal e você não vai querer perder! Na dimensão filial , reside a forma como lidamos com nossos pais, isto é, nossa relação desempenhando o papel de filho ou filha, como lidamos com nossos familiares e qual nossa função na família da qual somos originários. A boa relação com os pais e irmãos, bem como com outros entes que se chegaram à família, interferirá no livre-arbítrio de poder escolher, numa próxima existência, com quem renascer. Caso nossos pais já tenham falecido e não tenhamos irmãos, podemos estender a análise para as pessoas com as quais estabelecemos relações que se assemelham às de família. Estar resolvido nesse campo significa ser grato aos pais, quaisquer que tenham sido suas atitudes para conosco, viver bem com os entes familiares, não sendo peso na vida de ninguém, e não estar contribuindo para a desarmonia do grupo familiar originário. Na dimensão paternal, podem-se incluir tanto as atitudes como pai, havendo filhos, quanto a atitude de afirmação diante da Vida. Tal atitude engloba a coragem para tomar decisões, a disciplina para lidar com a complexidade do mundo, a responsabilidade na conduta, a vida profissional autônoma e a obediência às normas e regras sociais. É o exemplo paterno que contribui para que os indivíduos se tornem determinados e corajosos diante da vida adulta e de seus desafios. Caso se tenha filhos, deve-se perguntar de que forma os educa. Deve-se analisar se tem atitudes rígidas, arbitrárias, tiranas ou excessivamente castradoras para com eles. Caso positivo, pode ser indício de abrigar internamente (conservar psicologicamente um modelo) um pai muito duro e negativo. Se, ao contrário, se é negligente, permissivo ou excessivamente liberal, isso pode ser indício de um modelo inconsciente de pai ausente ou sem disciplina. Geralmente manifestamos, inconscientemente, o modelo de pai que temos na forma como nos posicionamos na Vida durante a adolescência e a vida adulta jovem (mais ou menos entre 12 e 25 anos). O adolescente irresponsável ou o adulto jovem desencontrado refletem o pai permissivo que conservam interiormente. O adolescente responsável e o adulto jovem estruturado refletem o pai interno equilibrado. O adolescente retraído e com dificuldade de escolhas, bem como o adulto jovem acomodado, podem refletir o pai interno muito exigente. A dimensão maternal possibilita o estabelecimento de relações profundas com as pessoas. Nessa dimensão, o ser humano se preocupa com o bem-estar dos outros, com a proteção e manutenção das pessoas e com a afetividade e amorosidade na vida. Nela, fala mais alto a maternidade como força nutridora e mantenedora da Vida. Deve-se perceber, sendo ou não mãe, se sabe nutrir as pessoas de vitalidade e disposição para amar e viver. Se tiver filhos, deve-se analisar de que forma atua, isto é, se é muito protetor, o que pode contribuir para anulação da identidade do filho, ou se é displicente, o que favorece à frieza nas relações amorosas. Adultos com dificuldades na relação a dois, no que diz respeito à aceitação do outro como ele é, podem ter tido mães superprotetoras. Por outro lado, adultos carentes afetivamente podem ter tido mães não muito carinhosas. O tipo de relação que se teve com a mãe exerce profunda influência na vida amorosa de qualquer pessoa, por vezes determinando sua forma de se relacionar com os outros para o resto da existência. Ser mãe não é só parir ou nutrir os filhos nem tampouco subtraí-los do embate com o mundo, como se fossem eternas crianças, mas prepará-los para os envolvimentos emocionais a que sempre estarão sujeitos. Estar resolvido nesta dimensão é saber exercer a função materna como algo que possibilita ao outro, com quem se interage, a capacidade de ter relacionamentos sadios e de se tornar independente. É também estar consciente de que essa função possibilita a vivência do papel de cocriador na Vida. Para saber mais sobre este e demais assuntos tratados por Adenáuer Novaes, veja as obras publicadas pelo autor. Este conteúdo foi extraído do livro: Psicologia e Espiritualidade.
Por Adenáuer Novaes 24 out., 2021
Iniciamos nesta postagem, uma série de 6 blocos onde trazemos aspectos das Dimensões da Vida, que auxiliam na sua auto-análise para o Desenvolvimento Pessoal e para uma vivência da sua espiritualidade. Vamos começar pelas Dimensões Corporal, Física e Sexual. Vejamos a importância dessas dimensões para o Espírito que somos. Espiritualizar-se não é apenas pertencer a um credo religioso. Requer envolvimento num processo de reconhecimento e percepção de si mesmo na condição de Espírito imortal. Nesse processo, é fundamental a autoanálise e a compreensão dos estágios em que nos encontramos em relação às várias dimensões da própria vida. Por dimensões, entendo os campos em que a Vida nos coloca, exigindo atuação, cuidados, respostas, adaptação, educação e progresso. Muito embora os tenha separado para efeito de análise, tais campos são vividos simultaneamente pelo ser humano. São áreas de atuação na vida, nas quais aprendemos a lidar com nós mesmos, a lidar com os outros, a viver em sociedade, bem como a conhecer as leis de Deus. Para analisar as várias dimensões da Vida, é necessário perceber-se criteriosamente, verificando os vários aspectos da personalidade, sem camuflar os próprios limites nem deixar de identificar a própria sombra . Em geral, deve-se buscar ajuda de amigos que possam nos mostrar a face oculta de nossa personalidade. Essa análise nos leva a um novo estágio de vida, pois nos faculta estar sempre revendo nossas próprias atitudes. É um processo dinâmico e terapêutico. Quando feito durante meditações e protegido do burburinho da coletividade, nos leva à percepção dos aspectos mais profundos da própria psiquê. A análise deve abranger as dimensões: corporal, física, sexual, filial, paternal, maternal, afetiva, emocional, criativa, religiosa, espiritual, psicológica, profissional, intelectual, política, fraternal, financeira e artística. A adequada atuação do indivíduo nessas dimensões proporcionará a aquisição de importantes elementos formadores das leis de Deus em nós. Na dimensão corporal , deve-se estar atento à aceitação do próprio corpo como ele é, e, caso necessite de correção de sua aparência, face à exigência estética pessoal ou corretiva, sua impossibilidade não deve se constituir em complexo de rejeição da fisionomia ou anatomia. Em muitos casos, a forma que o corpo ou a expressão facial assumem refletem o estado do Espírito que o anima. Por esse motivo, é necessário entender a linguagem do corpo e saber utilizar seus recursos da melhor forma, minimizando as limitações ou problemas por ele gerados. É importante perceber e aceitar as modificações do corpo decorrentes da idade, pois, compreender a velhice ou seu desgaste natural, principalmente da pele, entendendo que limites físicos naturais vão surgindo, é uma arte que nos acrescenta sabedoria. Ainda nesta dimensão, ter cuidados com a higiene pessoal representa respeito ao corpo como instrumento de evolução, tanto quanto consideração para com os que convivem conosco. Para conservação do corpo, é fundamental a prática de esportes sadios, de acordo com a idade e com os limites físicos de cada um. Estar resolvido nessa dimensão implica num grau de satisfação com o corpo a ponto de ele não se tornar elemento de frustração e de desvalorização de sua forma, vendo-o como instrumento de evolução para o próprio Espírito. A dimensão física , como extensão da corporal, compreende os cuidados com a saúde do corpo, que vai além da preocupação estética, a ponto de conhecer seu funcionamento e suas reações diante de alimentos, remédios e emoções. Implica em dar ao corpo o necessário repouso e a alimentação adequada às exigências de sua jornada diária. Nessa dimensão, está inclusa a preocupação com o lazer como forma de repor as energias do corpo e da mente. A pessoa resolvida nesse campo conhece seu corpo e os limites de seu desempenho. Não reservar tempo para repouso e lazer implica em desrespeito à organização corporal e redução do tempo de vida. Da mesma forma, usar substâncias químicas agressivas ao organismo e que promovem viciação, gerando desequilíbrio funcional e psíquico, é fator de atraso espiritual. Na dimensão sexual , situa-se grande parte dos conflitos humanos, em face do tabu com que se tem enxergado a sexualidade. Nessa dimensão, destaco o sentido do prazer sexual na vida do ser humano e a forma como ele lida com sua libido (energia psíquica de caráter sexual). Nesse particular, o indivíduo deve responder se tem sua sexualidade bem definida e se usa ou é usado por sua libido. Muitas vezes, o ato sexual e a escolha do parceiro não são opções conscientes, mas expressam conflitos na sexualidade, resultantes da incapacidade de entender adequadamente o direcionamento e a natureza dos próprios desejos. Assim é também quanto à homossexualidade e à bissexualidade, que nem sempre são opções conscientes, mas, por vezes, indiferenciação da sexualidade, que assim se apresenta face à incapacidade de se lidar com a libido e com a complexidade da própria identidade sexual. Ainda nesse campo, deve o indivíduo verificar a serviço de que propósito usa o erotismo e a sensualidade em sua vida. Ambos devem estar no lugar certo e no momento certo, sem se constituírem obstáculos à manifestação da própria Vida e sem se tornarem lugar comum nas atitudes do ser humano. É também importante, em face da forma como as pessoas se relacionam, refletir e analisar como anda a vida sexual para aqueles que vivem maritalmente. A ausência ou a pequena quantidade de relações sexuais em um casal não implica necessariamente em evolução espiritual, mas apenas em frequência relativa do uso da libido. O sexo não é impuro ou contrário à evolução, mas instrumento a serviço da procriação e do prazer para a construção da afetividade, podendo também significar expressões de amor profundo entre almas afins. Na presença do amor, ele complementa a felicidade dos que se percebem Espíritos, além das contingências materiais. Quando usado adequadamente, representa importante aquisição ao Espírito que se encontra ainda prisioneiro da força poderosa da energia sexual. Estar resolvido nesse campo é usar a sexualidade a serviço da própria Vida, sem repressões nem abusos, sem medos nem exageros, porém consciente que as energias da Vida, tanto quanto a sexual, estão a serviço do Espírito imortal, senhor de seu próprio processo evolutivo. Onde estiver, o Espírito responderá pelo uso que vem fazendo das energias da Vida. No próximo post, traremos as dimensões filial, paternal e maternal. Para saber mais sobre este e demais assuntos tratados por Adenáuer Novaes, veja as obras publicadas pelo autor. Este conteúdo foi extraído do livro: Psicologia e Espiritualidade.
Por Adenáuer Novaes 11 out., 2021
No último post, falamos sobre Escolhas Maduras . Que tal refletirmos um pouco sobre nossos processos, aqueles que ainda não estamos realizando de forma adequada, a partir de uma mensagem de Jesus? E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores. - Mateus 6:12. Há dívidas de várias ordens. Existem financeiras, morais, patrimoniais, espirituais etc.. Quando se estabelece um contrato de obrigações com outra pessoa, há uma dívida nele expressa. Desde que nascemos, estamos estabelecendo contratos com pessoas, em muitos casos, não explícitos. As dívidas, consignadas nos diversos contratos, são compromissos com a vida. São obrigações assumidas e que devem ser cumpridas. Mas a fala de Jesus pode estar se referindo a outro tipo de dívida. Àquela que diz respeito à falta interna motivada pela ignorância. Essa deve ser perdoada, pois se trata da ausência de aprendizado por causa da infância espiritual em que se encontra a criatura humana. O ser humano deve perceber que suas atitudes, em muitos casos, equivocadas se devem à falta de experiência, razão pela qual se engana, trazendo prejuízos a si e ao próximo. Em face da causa encontrar-se na ignorância do Espírito, qualquer ideia de educação por via de punição é erro de interpretação. Pensar que Deus se utilizaria desse tipo de ajuste é projetar métodos humanos, arcaicos e primitivos na sua atuação. Deus é amor e não se utiliza de meios cruéis em nenhuma criatura. Perdoar os devedores é compreender que eles também se encontram na mesma ignorância que nos situa, o que nivela o ser humano ao seu semelhante. Em certos aspectos, já nos vemos em melhor estado de compreensão do que outra pessoa; porém, em outros, é possível perceber que nos encontramos bem abaixo da compreensão pretendida. Em certos casos, mesmo em créditos de direito, financeiros ou não, é melhor renunciar a sua reivindicação; fazê-lo, por mais direito que tenha, promove um desgaste muito grande ao credor, sem que o devedor dispense o mínimo de energia para saldar suas obrigações. Isso não significa que não se deve ir em busca de seus direitos. Refiro-me a certos casos cujo desgaste não vale a pena. Como tudo no Universo tende ao equilíbrio, aquilo que não foi reivindicado quando se poderia fazê-lo, retorna de outra forma. A Vida sempre devolve o que é direito de cada. Seja na forma e no objeto que se perdeu, seja de forma subjetiva compensatória. Nada escapa ao equilíbrio e à harmonia do Universo. O ser humano é seu herdeiro e deve se considerar participante de uma grande rede em que o merecimento é regra. Para saber mais sobre este e demais assuntos tratados por Adenáuer Novaes, veja as obras publicadas pelo autor. Este conteúdo foi extraído do livro: Jesus, o Intérprete de Deus – Volume I – O Arquétipo Humano.
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