Integração de Habilidades

Adenáuer Novaes • 11 de abril de 2025

Integração de Habilidades

Integração de Habilidades


Integrar habilidades é adquirir competências úteis para a aplicabilidade na vida, o que proporciona maior capacidade para encarar novos desafios e alcançar a complexidade crescente que caracteriza a evolução.

As habilidades devem ser integradas ao Espírito, com reflexos na personalidade e, consequentemente, no comportamento geral. Isso implica a assimilação do conhecimento integral sobre as coisas em seus mínimos detalhes, visando ao estabelecimento da consciência de sua própria individualidade. Essa integração promove a agregação de novas capacidades que viabilizam melhores possibilidades de adaptação social.

O que é integrado torna-se natural, substituindo a atitude antes meramente operacional, feita por dever ou com fins específicos. Integrar é mais do que saber, mais do que conhecer, mais do que entender, mais do que compreender, mais do que instruir-se, mais do que ter a cognição sobre objetos e realidades. Trata-se de algo mais profundo: é o gravame do que resulta das experiências na essência do Espírito.

Quando ocorre a integração, o que resulta passa a fazer parte do automatismo psíquico, que se dá pela consciência das etapas do processo de aprendizado vivenciado.

Com a integração de habilidades, a pessoa passa a agir espontaneamente, na execução da razão dos objetivos e dos valores que utiliza em suas experiências, pois o conhecimento torna-se uma impregnação psíquica. Trata-se da incorporação de um novo modo de ser à natureza pessoal e às próprias tendências — o que constitui a razão das virtudes que são consideradas superiores.

A partir daí, ocorre o agir de forma natural, sem a consideração de que há excepcionalidade no ato executado. Não haverá surpresa na reação dos outros quanto ao que se é e como se age. Nessa condição, a ação bem-sucedida transforma-se em filosofia natural de ser, incorporada como traço de personalidade. As ações acontecerão conscientemente, como quem atua da melhor maneira sem a preocupação de ser modelo de comportamento.

Quando se trata da prática de virtudes, o ato resultante de uma experiência vivida torna-se uma condição psíquica que determina um traço de personalidade. O que foi vivido, aprendido e assimilado passa a fazer parte do próprio caráter.

Se a vivência for de experiências positivas — em que há a realização do bem ou o desejo sincero do melhor para o outro —, a integração de habilidades acrescenta às tendências tudo o que caracteriza uma pessoa altruísta.

Na integração das habilidades, acrescenta-se ao Espírito o que resultou das experiências gravadas no perispírito, tornando-o consciente. Assim, a experiência vivenciada transforma-se em hábito natural.

A integração significa compreender e assimilar a complexidade dos processos psíquicos, tornando o que foi aprendido mais um elemento para a consolidação de novos paradigmas. Com ela, o Espírito identifica com mais facilidade o que se passa à sua volta, tornando-se mais apto a encontrar, simplificar e solucionar os complexos problemas que surgem. A assimilação do saber, aliada à integração de novas habilidades intelectivas, contribui para o aperfeiçoamento do Espírito e para o entendimento profundo do sentido e significado da vida.

Quando o Espírito de fato integra novos e significativos valores, lida bem com situações complicadas, apresentando soluções simples e eficazes que, simultaneamente, trazem bem-estar pessoal e ao próximo.

A integração implica a apreensão plena dos elementos cognitivos e subjetivos que compõem a experiência vivida, transformando o ato em componente subjetivo da personalidade. Trata-se de um processo automático, no qual ocorre uma alquimia interior que psiquifica um comportamento, capacitando o indivíduo — a partir da vivência de experiências — para o desempenho de novas tarefas.

Na integração de habilidades, ocorre a apreensão definitiva de um saber, com a passagem da obrigação para o uso espontâneo, natural e automático. É quando o conhecimento se transforma em tendência adquirida.

Como exemplo, a prática da caridade deve tornar o indivíduo uma pessoa bondosa, pela assimilação de seu real significado — integrando a bondade às suas tendências. A repetição da prática da caridade, com a consciência de que o ato está sendo executado em proveito de quem dá e de quem recebe o benefício, conjugada com um real sentimento de compaixão e, principalmente, com a absoluta isenção de superioridade em relação ao outro, promoverá a gradativa integração da habilidade de ser bondoso.


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