Vamos falar sobre Mediunidade?
Adenáuer Novaes • 24 de janeiro de 2021
Vamos falar sobre Mediunidade?
A mediunidade como faculdade inerente ao humano sempre esteve presente na história da Humanidade e, de acordo com a época, foi tratada de diferentes formas. Os primitivos, embora não a compreendessem, utilizavam-na em suas práticas ritualísticas e no trato com o que consideravam sagrado.
Durante muito tempo, principalmente na Idade Média, e até recentemente, acreditou-se que a mediunidade era sintoma de loucura ou alienação psíquica. As pesquisas mais recentes a respeito da mente humana e a prática disseminada da mediunidade por indivíduos perfeitamente sadios e ajustados socialmente, demonstraram o contrário. A loucura ou alienação mental pode ocorrer por vários fatores.
A mediunidade, tanto quanto qualquer outra atividade humana, não provoca a loucura, pois esta só ocorre quando há predisposição psíquica no indivíduo. Na verdade, o que se vê é exatamente o contrário, isto é, pessoas que estavam à beira da loucura encontrarem alívio ou cura na prática da mediunidade e no Espiritismo.
Observemos, no entanto, que nem tudo é produto dos espíritos.
É preciso conhecer a mediunidade para discernir quando o fato vem, ou não, dos espíritos. Deve-se sempre verificar se não há uma causa física conhecida antes de lhe atribuir causa espiritual, a qual deve ser suficientemente objetiva para não deixar dúvidas.
Mas você já se perguntou como detectar a mediunidade?
Em geral, os médiuns ostensivos trazem alguns sinais, desde a infância ou adolescência, e que surgem também na idade adulta, que podem ser percebidos como referentes à mediunidade. São sinais típicos:
- Visões de parentes falecidos;
- labilidade emocional acentuada em desacordo com o padrão de conduta do indivíduo;
- pressentimentos que se tornam realidade;
- sonhos premonitórios;
- frequentes sonhos com desencarnados;
- perturbações intermitentes não diagnosticadas;
- movimento ostensivo, em sua presença, de objetos sem causa aparente;
- forte excitação cerebral;
- facilidade em curar doenças em terceiros com ou sem indicação de remédios.
A mediunidade é uma faculdade que amplia as competências psíquicas do indivíduo e que permite que sua mente vibre em frequências que diferem da cerebral, graças às propriedades do perispírito, mantendo o Espírito, encarnado ou não, sempre em conexão com a sua dimensão de origem.
A utilização da mediunidade representa uma importante aquisição evolutiva que insere o Espírito, sobretudo encarnado, na percepção de outras dimensões existenciais.
Passados muitos anos, após o advento da Psicologia e o estabelecimento de estudos sobre o funcionamento da mente com proposições mais profundas e assertivas acerca da dinâmica psíquica, algo inexistente à época de Allan Kardec, e com a popularização do uso da mediunidade pelas religiões de matriz africana, a realidade exigiu um direcionamento complementar ao institucional.
A mediunidade, sobretudo no Brasil, foi se incorporando gradativamente ao dia a dia das experiências comuns da vida humana. Novos ritos, novos termos para designar certos fenômenos mediúnicos e novos modos de manifestação foram se integrando ao viver dos encarnados, sobretudo na cultura brasileira, que estão exigindo sua naturalização. Mesmo sendo algo delicado, pois há riscos e muita ignorância a respeito, é necessário que tal faculdade que apresenta grandes possibilidades de ganhos de habilidades novas ao Espírito, seja naturalmente aproveitada na vida comum.
Para saber mais sobre este e demais assuntos tratados por Adenáuer Novaes, veja as obras publicadas pelo autor. Este conteúdo foi extraído dos livros: Conhecendo o Espiritismo e O Voo do Espírito.
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