Abandono Materno como Estigma

Adenáuer Novaes • 16 de agosto de 2021

Abandono Materno como Estigma

Nas últimas postagens temos falamos sobre Estigmas, O que aprender com os Estigmas e trouxemos como exemplo, O Abandono Paterno como Estigma. Agora, veremos quanto ao Abandono Materno.

O abandono materno provoca, invariavelmente, um sentimento de rejeição inconsciente e, posteriormente, tende a ser conscientizado a partir da adolescência. Esse abandono pode ser total quando a criança é de fato entregue oficialmente à adoção, ou parcial quando é simplesmente entregue a parentes. Sem que seja por sua responsabilidade direta na atual encarnação, o abandono ocorre porque muitos espíritos, nesse caso, não mereceram ter a figura materna desde o parto – algo, em relação à maternidade, tem a necessidade de ser aprendido em decorrência da falta materna. 

O estigma, de alguma maneira, lhe será útil. Em seu psiquismo, a falta da figura materna, na qual projetaria a imagem arquetípica da Grande Mãe, promoverá modificações significativas no que diz respeito ao sentimento, ao afeto e ao acolhimento. Tenderá a transformar a figura feminina em mãe. A mãe exerce importante papel na formação de seus filhos, sobretudo no que diz respeito à construção dos modos de estabelecer relações afetivas. A forma como a mãe lida com suas emoções, consequentemente como as utiliza com os próprios filhos, norteará as futuras relações interpessoais deles. Sem ela, ou sem alguém que exerça verdadeira e integralmente esse papel, haverá um déficit emocional. Mães que entregam seus filhos para serem criados por outras pessoas, mesmo que seja para outra mulher, promoverão uma espécie de perda na mente deles. 

O problema afeta principalmente os homens, em face de sua pouca atenção aos próprios sentimentos, que passarão por um vazio, carecendo do afeto materno em algum tempo. Sua primeira imagem de ânima desaparecerá repentinamente. A substituição da mãe não se dá automaticamente, pois sua mente poderá interpretar a segunda como uma outra mulher, mesmo que esta lhe passe a tratar como filho, havendo ou não correspondência de sentimentos. Nos homens, deve-se avaliar a transformação da imagem arquetípica da ânima numa figura maternal. 

Na mulher, deve-se estar atento à imagem arquetípica do homem como salvador e protetor excessivo. Por outro lado, a ausência materna, pela falta de um interlocutor íntimo desde a infância, tende a promover a criação de entes imaginários que ocupem aquele lugar. Em certos casos, principalmente quando o abandono materno ocorre em tenra infância, ou nas ocorrências de orfandade materna, é comum a mitomania.

A consciência das consequências do abandono, bem como o cuidado para evitar ideias e posturas que eliciem a necessidade de abrigo materno, além da tomada, quando necessárias, de atitudes maternais para com os outros são caminhos que podem contribuir para a redução dos danos deste estigma.

Para saber mais sobre este e demais assuntos tratados por Adenáuer Novaes, veja as obras publicadas pelo autor. Este conteúdo foi extraído do livro: Estigmas Segundo a Psicologia do Espírito.

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